O Menino do Dedo Verde, de Maurice Druoun, é uma alegoria de todas as crianças. Apesar de não possuir a mesma valorização que O Pequeno Príncipe, sem dúvidas, a obra merecia. O livro traz de forma leve e completa diversos temas: ética, cidadania, ecologia e tantos outros.
A obra foi originalmente lançada em1957. Contudo, os temas abordados se mantêm atuais, e realizarmos e leitura — que é extremamente leve e cativante —, percebemos o quanto o autor estava à frente de seu tempo.
A trama de O Menino do Dedo Verde
A história gira em torno de Tistu, um menino rico educado em casa até os oito anos por sua mãe. A mãe, ao se dar conta de que apenas esta educação não serviria para Tistu o envia para a escola. Assim, o garoto passa a enfrentar problemas de adaptação na escola. Problemas que demonstram, até mesmo para os dias atuais, o quanto a educação ainda precisa ser aprimorada.
A família fica desolada ao perceber a dificuldade de adaptação do garoto, mas encontra saída em um novo método educacional mais participativo com seus criados. Desta nova educação, surge uma amizade inesperada de Tistu com o jardineiro, que encontra o verdadeiro talento do menino e confia em seu potencial.
As lições aprendidas por Tistu vão muito além de somar, ler e escrever. Ela aprende sobre a miséria e sobre a doença. Além disso, enquanto aprende, faz também questionamentos que, com toda delicadeza, nos fazem refletir ao longo da leitura, como quando conheceu a miséria e perguntou: “A miséria torna os homens ruins?”
Assim, ele se desenvolve e luta para acabar com a dor das pessoas fazendo com até a sua família, conhecida pela produção de canhões, troque seu meio de renda.
Vale a pena?
Ao ler O Menino do Dedo Verde, conseguimos viajar, sentir as aflições de sua família e de seu desenvolvimento, principalmente como ser humano. Este é um livro para crianças, pais e educadores que, com toda sensibilidade, demonstra a capacidade de mudar o mundo através da educação.
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